sexta-feira, 28 de maio de 2010

Política é tradição de governar nas famílias no MS

Espero que este artigo não seja lido como uma proposta ideológica, mas como uma reflexão sobre a nossa classe política.
Autora: Carolina Assis (*)
A idéia de política deveria ser a que a define "Arte ou ciência de governar", e hoje o que temos está muito longe disso. Entra e sai ano eleitoral e a expectativa de grande parte da população Sul-mato-grossense é sempre a mesma, “Renovação de Caras e Promessas!” Sem um objetivo cultural a ser alcançado ou um projeto político, isso prejudica a imagem do nosso Estado, parece que vivemos na época do coronelismo. As famílias tradicionais e políticas em Mato Grosso do Sul, têm mantido cativo seus nomes nesse meio. O que era para ser transformado, renovado, continua com a mesma cara.

No pleito desse ano o panorama político não mudará, porque as famílias tradicionais políticas lançarão antigos e novos candidatos para a disputa eleitoral de 2010, onde conservarão apenas seus espaços. No entanto, só mudará as formas de divulgação de campanha, a comercialização do voto, a troca por vantagem pessoal ou comunitária.

Devemos refletir antes de fazer nossas escolhas, pois temos a responsabilidade de eleger os novos representantes políticos pelos próximos quatro anos. O nosso voto é a maneira mais direta de conseguir mudanças concretas. No entanto, não adianta apenas eleger um candidato pela tradição de sua família, devemos eleger pessoas comprometidas com a moralidade, a transparência e fundamentalmente a ética. Pois, democracia se faz e se constrói, se realiza e se exerce para a sociedade, não da forma que estamos presenciando.

O que necessitamos é de políticos comprometidos verdadeiramente com o povo, que amem a natureza, os animais, a verdade, que sejam nacionalistas, não o nacionalismo extremo e cego, mas aquele de defende os interesses do povo e não os interesses pessoais ou de suas famílias.

Para modificar o que temos hoje, precisam ser substituídos os políticos atuais de famílias tradicionais do Estado. Se o povo não votar nas suas reeleições, a partir daí, sim, poderemos realizar uma verdadeira revolução, marchando para o encontro do desenvolvimento com uma nova classe renovada de legisladores.

Acredito e sei que existem pessoas sérias que realmente querem um Estado melhor e que estão satisfeitas por serem nossos representantes, porém existem pessoas que parecem cordeiros, quando na verdade são verdadeiros lobos vestidos de parlamentar. Somente com a rigidez da lei é que alcançaremos à verdadeira democracia.

Tenho certeza que a situação de Mato Grosso do Sul mudaria com a recriação do federalismo, mas se nós cidadãos, não, nos colocarmos a frente e lutarmos por uma transformação, continuaremos sempre com esses sanguessugas em nossos pescoços, fazendo o que bem entender com a contribuição dos nossos impostos.

Para finalizar, uma última observação: quando vai chegar o tempo em que a população vai abandonar o vício embriagante das promessas eleitoreiras, e numa atitude responsável, optar por candidatos que estejam comprometidos, de fato, com o povo?

(*) Jornalista formada na UCDB/MS e assessora de imprensa do deputado estadual Amarildo Cruz na AL/MS
E-mail: carolina.jor2009@gmail.com
MSN: carolina.jor2009@hotmail.com
Twitter: Carolina Assis
Contato: (67) 9252-5197 ou (67) 8436-9196

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