domingo, 31 de julho de 2011

Artistas lançam manifesto pela Cultura durante o Festival de Inverno de Bonito

Boni Miranda - Bonito Informa
Artistas das diversas áreas da cultura que participam do 12º Festival de Inverno de Bonito lançaram na noite de ontem, sexta-feira (29), na Praça da Liberdade - onde o evento está centralizado, manifesto de apoio á reivindicação dos artistas que ocuparam durante esta semana o prédio da FUNARTE, em São Paulo.

O documento pede a imediata mobilização do setor, da população e dos gestores públicos para que seja levada à votação e aprovada com urgência a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 236 e a PEC 150, que tramitam há anos no Congresso Nacional.

A PEC 236 prevê a inclusão da cultura como direito social, tal como a educação, a saúde, a moradia e o trabalho, enquanto a PEC 150 determina que 2% do orçamento da união sejam investidos na cultura, conforme orientação da ONU (Organização das Nações Unidas) contida no documento “agenda 21 da cultura”.

Durante a chamada “ocupação simbólica do festival” foi feita a leitura do manifesto e iniciada a coleta de assinaturas para o abaixo-assinado que acompanhará o documento, que será entregue pela comissão de mobilização aos deputados estaduais, federais e senadores de Mato Grosso do Sul - entre outras autoridades.

O ato contou com a presença do diretor-presidente da Fundação de Cultura, Américo Calheiros - convidado pelos organizadores.

Para poeta Delasnieve Daspet, que participou da elaboração e leu o manifesto, a aprovação das propostas dará á área da cultura a importância real que tem para a formação e consolidação da identidade nacional, para o próprio País e para o mundo.

De acordo com a diretora de teatro Ramona Rodrigues, uma das organizadoras, a mobilização permanente dos artistas é fundamental á aprovação das propostas. “Não podemos nos omitir diante da importância que a aprovação das emendas tem para os trabalhadores da cultura”, destacou.

Segundo o artesão Jorge de Barros, integrante do movimento, a aprovação é decisiva para que o setor tenha a autonomia necessária para desenvolver uma política consistente, sem recuos. “A cultura não pode ficar ao sabor de incertezas políticas, deve ser vista como um investimento, como uma prioridade” afirmou.

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