sábado, 23 de julho de 2011

Guerrero brilha e garante o terceiro lugar do Peru na Copa Amé

AFP / MAXI FAILLA MAXIMILIANO FAILLA
O Peru fez uma campanha surpreendente e conquistou 3.º lugar

Contrariando qualquer tipo de previsão que pudesse ser feita antes do início da Copa América, Peru e Venezuela decidiram, neste sábado, a partir das 16h, em La Plata, quem terminaria na terceira colocação do torneio.

E quem levou a melhor foi a seleção peruana, que esperou a Venezuela errar tudo o que podia para contra-atacar e ver a entrosada dupla Chiroque e Guerrero, pela esquerda, fazer a diferença com dois gols.

As duas seleções, em busca de respeito e afirmação no cenário sul-americano, tiveram campanhas surpreendentes até as quartas de final, mas esbarraram em Uruguai e Paraguai e acabaram na disputa pelo terceiro lugar.

O Jogo

Logo aos três minutos, a Venezuela deu mostras de que iria dar muito trabalho, pois em um contra-ataque veloz, Maldonado driblou o zagueiro Rodríguez, mas bateu por cima do gol. Esse acabou sendo o único lance de perigo no início da partida.

Depois disso, o jogo ficou excessivamente marcado, com as duas equipes encontrando muita dificuldade em armar jogadas e trocar passes.

Quem retomou a iniciativa, aos 13 minutos, foi a própria Venezuela, com Orozco em cobrança de falta. Pouco tempo mais tarde, o Peru começou a fazer o goleiro Renny Vega trabalhar. Cruzado cobrou escanteio pela direita para o cabeceio de Ramos e a defesa de Vega. Aos 20, em lance parecido, o goleiro mostrou, mais uma vez, o motivo de ser o grande destaque da Venezuela na competição.

O Peru continuou testando o camisa 1 da seleção adversária, mas desistiu das bolas paradas e decidiu jogar com ela no chão e, com base na técnica, partir para cima dos venezuelanos.

Com a ineficácia ofensiva do time de Cesar Farias, o Peru conseguiu marcar o primeiro gol. Chiroque roubou uma bola no meio-de-campo e desceu insinuante, até rolar para Guerrero, que chamou a marcação e cruzou de volta para Chiroque abrir o placar, aos 42 da primeira etapa. Na segunda etapa, a Venezuela resolveu correr atrás do tempo perdido e o meio-campista Lucena entrou no lugar do volante Seijas, que vinha tendo atuação discreta.

No entanto, quem chamou a atenção foi Nícolas Fedor, que chamou o jogo e levou perigo ao gol do Peru. Aos dois minutos, Cichero rolou para o atacante, que abriu espaço e bateu forte, mas a bola foi para fora. César González repetiu a tentativa no minuto seguinte e, aos sete, Fedor obrigou o goleiro Fernández a se esticar todo para evitar o que seria o gol de empate.

Aos 13 minutos, quando estava muito perto do gol, a vontade da Venezuela em igualar o placar se tornou excessiva. O volante Rincón, que voltava de suspensão, deu uma entrada muito forte em Lobatón e acabou expulso de campo. O peruano teve que ser substituído, pois não aguentava as dores. A expulsão, além de deixar a Venezuela enfraquecida em número de jogadores em campo, abateu o grupo, que não conseguiu mais reagir.

Em mais um contra-ataque veloz e mais uma tabela entre Chiroque e Guerrero, o segundo gol não demorou a vir. Guerrero partiu com a bola dominada, rolou para Chiroque, que cruzou para o companheiro bater forte e alto, sem chances para Renny Vega.

Quem esperava que a Venezuela fosse entregar os pontos se enganou. O técnico Cesar Farias, que havia pedido "sangue e fogo" aos jogadores antes da partida, lançou Arango no lugar de González e o viu correr atrás do prejuízo. Aos 31, ele deixou Maldonado na cara do gol, mas o companheiro desperdiçou.

O time mostrou que estava definitivamente acertado quando Orozco achou Arango pela esquerda. Ele dominou e bateu forte, para diminuir o placar e dar a tônica do que seriam os últimos eletrizantes minutos. Quando a Venezuela resolveu ir com tudo para o ataque, ficou com a defesa fragilizada e quem se aproveitou disso foi o craque Guerrero, que marcou aos 45, depois de belo drible e aos 48, em contra-ataque para fechar, definitivamente, o caixão do Peru.

Com um jogador a menos, a heróica e surpreendente Venezuela sucumbiu diante da valente seleção peruana, que ficou o terceiro lugar da improvável Copa América de 2011.

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