O zelador Gilmar Santos, de 41 anos, estava em casa quando ouviu a explosão na distribuidora de combustível em Embu, na Grande São Paulo, na noite desta sexta-feira (29). Ele diz que pouco tempo depois a energia no bairro Jardim das Oliveiras foi desligada e só então percebeu que era algo de grande proporção. “Ninguém vai dormir em paz. Não dá para entrar em casa e confiar que o incêndio está controlado”, diz.
Dezenas de moradores da região se aglomeravam nos dois sentidos da Rodovia Régis Bittencourt por volta das 23h enquanto assistiam o trabalho dos bombeiros.
A mulher e a filha de Santos estavam perto de casa na hora das explosões e não conseguiram sair. “Elas estão na rua esperando o fogo abaixar”. Ele conta que viu os vizinhos saírem correndo de suas casas e fez o mesmo: “Não entendi o que estava acontecendo, mas não quis ficar ali”.
A dona de casa Adriana Ferraz, de 23 anos, mora a cerca de dois quilômetros do local onde houve o incêndio, mas ela diz que ouviu as explosões, soube do incêndio e foi buscar informações de familiares que moram a poucos metros da distribuidora de combustível: “Tentei falar com uma tia e uma prima que moram bem perto de onde está saindo todo esse fogo, mas não consigo. Não temos nenhuma informação delas nem sabemos se elas estavam em casa”, diz.
A Rodovia Régis Bittencourt foi liberada em ambos os sentidos por volta das 22h30 desta sexta-feira (29), segundo a concessionária Autopista Régis Bittencourt. A estrada havia sido completamente interditada por causa do fogo que consumiu a empresa de combustíveis na região. Por volta das 23h30, não havia mais congestionamentos.
A diarista Maria de Fátima da Silva, de 31 anos, mora em Embu, perto da rodovia. Ela contou que, ao ouvir a explosão, pensou que fosse na porta da casa dela. “Deu aquela explosão e chacoalhou a porta. Corri para dentro. Estou com medo de o fogo chegar aqui porque tomou conta da BR e perto da minha casa tem um posto de gasolina”, disse.
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