O Sistema Único de Saúde (SUS) gastou R$ 14,4 milhões entre junho de 2007 e abril de 2010 para custear despesas com pacientes que já haviam morrido. A constatação é de auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU), segundo informações do jornal “O Estado de S. Paulo”.
O relatório afirma que a maioria das hospitalizações foram realizadas, mas em períodos diferentes do apresentado. O artifício é usado pela administração dos hospitais devido ao limite mensal de reembolso fixado pelo governo. Assim, a cobrança é estendida para o mês seguinte.
A estratégia foi detectada ao cruzar o período em que o procedimento teria sido realizado e a data de morte de pacientes. Para o ministro relator do processo, José Jorge, o problema pode ser ainda maior e nem todos os casos se justificariam como uma manobra para empurrar a cobrança.
O TCU determinou que o SUS implemente modificações para impedir que a data de internamento possa ser alterada. O ministério terá seis meses para apresentar ao órgão de controle as providências tomadas para corrigir o problema.
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