quinta-feira, 22 de março de 2012

Mais da metade dos brasileiros pertencem à classe C, diz estudo

Uma análise feita pela empresa do grupo BNP Paribas, Cetelem, em conjunto com o Instituto Ipsos, mostra que a classe C representa 54% do total dos brasileiros. As entrevistas foram realizadas em dezembro de 2011 com 1.500 pessoas em 70 cidades. Em 2010, o segmento social correspondia a 53% da população.

Segundo a pesquisa intitulada "O Observador do Brasil 2011", 2,7 milhões passaram da classe D e E para a C, que já soma 103 milhões de brasileiros. Os grupos com menos bens (DE) representam 24% da população, ou seja, 45,2 milhões de pessoas.

O diretor-presidente da Cetelem, Marcos Etchegoyen, associa o novo fato à consolidação da mobilidade social percebida ao longo dos últimos anos, como os 63,7 milhões de brasileiros que aumentaram o padrão de vida em sete anos. Etchegoyen lembra que o número corresponde à população total da Itália.

O estudo, que não leva em consideração a renda, aponta a classe C como o segmento que mais ajudou no aumento. Pautada no conceito empregado pelo Critério de Classificação Econômica Brasil (CCEB), da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (Abep), a análise se baseia, por exemplo, na quantidade de cômodos residenciais, posse de automóveis e nível educacional do chefe da família.

Em termos de renda, o segmento C também foi o que registrou maior crescimento no ano passado: de 8%, passando para R$ 1.450. Também com alta, seguiram as classes AB (de R$ 2.893 em 2010 para R$ 2.907 em 2011) e DE (de R$ 809 para R$ 792).

O vice-presidente da empresa, Miltonleise Filho, o aumento em todas as classes mostra cautela com despesas em razão da crise econômica, agravada no segundo semestre de 2011. No período estudado, foi verificada também uma queda na intenção do consumidor em comprar, por exemplo, um automóvel (de 18% para 15%).

Pode ser percebido que o otimismo do brasileiro ainda se destaca diante do resto do mundo: entre 13 países, a situação do Brasil foi a que teve nota média mais alta, 6,3. Logo abaixo, aparece a Alemanha, com 6,2.

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